Uma pesquisa recente mostrou que 30% dos adultos em países ocidentais, incluindo o Brasil, têm problemas digestivos. Esses problemas muitas vezes se manifestam como dor de estômago. Isso mostra que a dor de estômago é comum e pode ter várias causas da dor no estômago.
Para lidar com essa dor, é essencial conhecer os principais sintomas de dor de estômago. Também é importante saber as melhores formas de tratamento da dor abdominal.
Neste artigo, vamos falar sobre as causas comuns da dor de estômago. Vamos também discutir os sinais que não devem ser ignorados. Além disso, vamos dar dicas de tratamento eficaz e estratégias de prevenção para melhorar a vida de todos.
Principais pontos a serem lembrados
- A dor de estômago é comum e pode ser causada por diversas condições.
- Cerca de 30% dos adultos sofrem de problemas digestivos.
- Conhecer os sintomas de dor de estômago ajuda na busca de tratamento adequado.
- Identificar sinais de alerta pode ser crucial para a saúde.
- A alimentação desempenha um papel importante na prevenção da dor abdominal.
Quem é o médico que trata Dor de Estômago?
Se você chegou até aqui, é porque está em busca de alívio para sua dor de estômago ou deseja entender melhor o que está acontecendo com seu corpo. E saiba que está no caminho certo.

Sou o Dr. Domingos Hernandez, médico Gastroenterologista, Cirurgião geral e Cirurgião do Aparelho Digestivo, com ampla experiência no diagnóstico e tratamento de doenças do sistema digestivo. Além disso, também atuo como Proctologista, oferecendo um cuidado completo e integrado da sua saúde digestiva.
Ao longo da minha carreira, atendi milhares de pacientes com queixas como:
- Dor de estômago
- Gastrite e refluxo
- Úlceras
- Problemas intestinais (como colite e constipação)
- Doenças do fígado, vesícula e pâncreas
- Hemorroidas e outras doenças anorretais
Meu objetivo em cada consulta é ouvir com atenção, entender o que está por trás dos seus sintomas e propor o tratamento mais adequado, sempre de forma humanizada, clara e com foco na sua qualidade de vida.
Trabalho com tecnologia de ponta e estou sempre atualizado com as melhores diretrizes médicas para oferecer segurança e precisão nos diagnósticos.
Se você está cansado de conviver com dores, desconfortos e incertezas, agende uma consulta comigo. Juntos, podemos encontrar a causa do seu problema e definir o melhor caminho para a sua saúde e bem-estar.
1. O que é dor de estômago?
A dor de estômago é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e pode ter muitas causas diferentes. Muita gente usa esse termo para descrever qualquer desconforto na parte superior do abdômen, mas nem sempre o problema está, de fato, no estômago.
Essa dor pode ser leve, como um incômodo passageiro, ou intensa, a ponto de atrapalhar a rotina. Às vezes aparece após as refeições, em jejum, ou mesmo de forma constante ao longo do dia. E o mais importante: é um sinal de que algo no sistema digestivo pode não estar funcionando bem.
Entre os principais órgãos que podem estar envolvidos estão:
- Estômago (gastrite, úlcera)
- Esôfago (refluxo)
- Intestino delgado
- Vesícula biliar
- Pâncreas
É por isso que identificar corretamente a dor é essencial para chegar ao diagnóstico correto e ao tratamento eficaz.

Exemplo do dia a dia:
Sabe quando você come algo pesado, como uma feijoada ou uma pizza muito gordurosa, e depois sente aquele aperto ou queimação na boca do estômago? Isso é um típico exemplo de dor de origem gástrica, muitas vezes associada a má digestão ou refluxo.
Nos próximos tópicos, vamos entender melhor como identificar esse tipo de dor, quais são as causas mais comuns e o que pode ser feito para aliviar os sintomas e tratar a causa.
2. Como identificar a dor de estômago?
Nem toda dor na barriga é dor de estômago. Por isso, entender onde exatamente dói, como dói e quando dói pode ajudar muito na hora de fazer o diagnóstico.
A dor de estômago costuma ser localizada na parte superior do abdômen, bem no meio ou um pouco à esquerda, logo abaixo das costelas. Mas não é só o local da dor que importa. Outros aspectos também ajudam a identificar se o problema está realmente no estômago.

Características comuns da dor de estômago:
- Queimação (sensação de ardência) – muito comum em casos de gastrite e refluxo
- Dor em aperto ou cólica – pode ser causada por má digestão ou excesso de gases
- Dor que piora em jejum – pode indicar úlcera
- Dor que piora após comer certos alimentos – como frituras, café, refrigerantes, álcool e comidas apimentadas
- Sensação de estufamento ou digestão lenta
- Náuseas e arrotos frequentes
Atenção aos horários da dor:
- Dor ao acordar ou em jejum prolongado pode estar relacionada à úlcera.
- Dor após as refeições, especialmente refeições pesadas, é comum em casos de gastrite, refluxo ou dispepsia.
Observar os padrões da dor é essencial para diferenciar uma causa mais simples de algo que precise de investigação mais profunda.
3. Principais causas de dor de estômago
Existem muitas possíveis causas para a dor de estômago, e entender cada uma delas é fundamental para buscar o tratamento correto. Abaixo, explico as principais condições que levam a esse sintoma, com exemplos do dia a dia para facilitar o entendimento.
1. Má alimentação
Muitas vezes, a dor de estômago está relacionada a hábitos alimentares ruins, como:
- Comer rápido demais
- Consumir alimentos gordurosos ou muito temperados
- Abusar de refrigerantes e bebidas alcoólicas
- Ficar muitas horas em jejum e depois exagerar na quantidade de comida

2. Gastrite
A gastrite é a inflamação da mucosa do estômago. Pode ser causada por estresse, má alimentação, infecções (como Helicobacter pylori) ou uso abusivo de anti-inflamatórios.
Sintomas comuns:
- Queimação na boca do estômago
- Dor em jejum
- Náuseas
- Sensação de estômago cheio mesmo com pouca comida
3. Úlcera gástrica
A úlcera é uma ferida na parede do estômago. Pode surgir por infecção por H. pylori, uso prolongado de anti-inflamatórios, tabagismo e estresse.
Sintomas típicos:
- Dor intensa em jejum ou à noite
- Alívio momentâneo ao comer
- Em casos mais graves, pode causar vômitos com sangue ou fezes escurecidas

4. Refluxo gastroesofágico
É o retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, o que pode causar dor e queimação na parte superior do abdômen ou no peito.
Sintomas associados:
- Queimação que sobe para o peito (azia)
- Tosse seca frequente
- Rouquidão pela manhã
- Sensação de bola na garganta
5. Infecção por Helicobacter pylori
Essa bactéria vive no estômago e, quando está presente, pode causar gastrite crônica e úlceras.
Como se pega?
Geralmente por água ou alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por exames como o teste do hálito ou endoscopia.
Sintomas:
Muito parecidos com gastrite e úlcera – dor em jejum, queimação, náuseas.
Importante:
É tratável com antibióticos e medicamentos que reduzem a acidez do estômago.
6. Estresse e ansiedade
O sistema digestivo é muito sensível às emoções. Situações de estresse ou ansiedade podem causar:
- Dor abdominal
- Má digestão
- Náuseas
- Diarreia ou prisão de ventre
Exemplo:
Na véspera de uma apresentação importante ou de uma entrevista, você sente o estômago “embrulhado” ou uma dor sem motivo claro. Isso pode ser reflexo do emocional.

7. Uso excessivo de medicamentos
O uso prolongado de anti-inflamatórios, aspirina ou corticoides pode agredir a mucosa do estômago, provocando gastrite ou até úlceras.
Dica importante:
Sempre tome esses remédios com orientação médica e, se possível, junto a protetores gástricos.
8. Tabagismo e dor de estômago
Pouca gente sabe, mas o cigarro é um dos grandes vilões da saúde digestiva. Fumar afeta diretamente o funcionamento do estômago e pode tanto causar quanto piorar dores frequentes na região.
A nicotina presente no cigarro estimula a produção de ácido gástrico, enfraquece as defesas naturais do estômago e ainda prejudica a cicatrização de lesões como gastrites e úlceras. Ou seja, quem fuma tem mais chance de desenvolver problemas gástricos — e também de ter sintomas mais persistentes e difíceis de tratar.

Como o cigarro agride o estômago:
- Aumenta a produção de ácido clorídrico no estômago, favorecendo a gastrite e o refluxo.
- Reduz a produção de muco protetor da mucosa gástrica, deixando o estômago mais exposto.
- Diminui o fluxo sanguíneo na mucosa, dificultando a cicatrização de úlceras.
- Relaxa o esfíncter que separa o estômago do esôfago, facilitando o refluxo ácido.
- Interfere na eficácia de medicamentos usados para tratar gastrite, úlceras e refluxo.
🚭 Fumar também piora os sintomas do refluxo:
Muitos pacientes relatam aumento da queimação após fumar, especialmente quando fumam em jejum ou logo após as refeições. A fumaça do cigarro irrita o esôfago e favorece o retorno do ácido, o que agrava ainda mais a sensação de azia.
💡 Dica prática:
Se você tem dor de estômago frequente, fuma e já tentou de tudo sem sucesso, considere o cigarro como um possível causador ou agravante. Parar de fumar pode ser o passo decisivo para a sua cura.
Além de melhorar a saúde gástrica, abandonar o tabagismo reduz o risco de câncer no estômago, no esôfago e em diversos outros órgãos.
8. Outras causas menos comuns
- Cálculos na vesícula: dor na parte superior direita do abdômen, após comer gordura
- Pancreatite: dor intensa que irradia para as costas
- Câncer de estômago: mais raro, mas possível, principalmente em pessoas acima dos 50 anos, com histórico familiar
4. Quando a dor de estômago pode ser grave?
Embora muitas dores de estômago sejam causadas por problemas simples e temporários, alguns sinais de alerta indicam que algo mais sério pode estar acontecendo. Nessas situações, é fundamental procurar atendimento médico o quanto antes.
Abaixo, listo os principais sinais de que a dor de estômago pode ser grave:
⚠️ Sinais de alerta que merecem atenção imediata:
Dor muito intensa e repentina
- Uma dor súbita, em pontada ou “em faca”, que não melhora com repouso ou alimentação, pode indicar úlcera perfurada ou inflamação do pâncreas.
Presença de sangue
- Vômito com sangue (em aspecto vermelho vivo ou como “borra de café”) pode indicar sangramento no estômago.
- Fezes muito escuras ou pretas (como piche) também podem ser sinal de sangramento digestivo alto.
Perda de peso sem motivo
- Perder peso sem estar fazendo dieta ou atividade física intensa pode ser um sinal de doença mais séria, como câncer gástrico ou úlceras graves.
Dificuldade para engolir
- Quando a comida parece “parar” na garganta ou no peito, pode ser sinal de refluxo avançado ou até câncer de esôfago.
Vômitos frequentes
- Especialmente se forem acompanhados de dor ou ocorrem logo após comer, podem indicar obstrução ou úlcera.
Dor que irradia para as costas ou ombro
- Pode ser sinal de pancreatite ou problema na vesícula.
Frequência e duração da dor
- Dor persistente por mais de uma semana ou que se repete várias vezes ao mês precisa ser investigada.
Exemplo prático:
Uma pessoa sente uma queimação leve após comer fritura. Isso é algo comum.
Agora, se essa dor piora a cada dia, começa a aparecer mesmo comendo alimentos leves, e surgem vômitos com sangue ou emagrecimento rápido, é hora de procurar um médico com urgência.
Esses sinais não devem ser ignorados. Muitas vezes, um diagnóstico precoce pode evitar complicações e permitir um tratamento simples e eficaz.
5. Quais são os sintomas que acompanham a dor de estômago?
A dor de estômago raramente vem sozinha. Ela costuma vir acompanhada de outros sintomas que ajudam a identificar a causa do problema e direcionar o melhor tratamento.
Conhecer esses sinais é importante tanto para explicar melhor ao médico o que está sentindo quanto para saber quando a situação exige mais atenção.
🔍 Sintomas mais comuns que acompanham a dor de estômago:
- Queimação (azia)
- Sensação de ardência que sobe do estômago para o peito ou garganta.
- Comum em gastrite e refluxo.
- Sensação de estômago cheio ou estufado
- Mesmo comendo pouco, a pessoa se sente “empanzinada”.
- Sinal frequente de digestão lenta ou dispepsia.
- Náuseas e vômitos
- Podem indicar gastrite, infecção estomacal ou até obstruções.
- Vômitos frequentes precisam ser investigados com mais atenção.
- Arrotos constantes
- Muitas vezes relacionados à ingestão de ar (aerofagia) ou ao excesso de gases no estômago.
- Gosto amargo na boca ou retorno de comida
- Muito associado ao refluxo gastroesofágico.
- Diarreia ou constipação (prisão de ventre)
- Embora sejam mais ligados ao intestino, podem acompanhar problemas gástricos, especialmente quando o sistema digestivo como um todo está desregulado.
- Cansaço e fraqueza
- Se a dor vem acompanhada de perda de apetite e má digestão, a pessoa pode se sentir mais fraca, com fadiga constante.
- Febre
- Nem sempre está presente, mas pode indicar infecção ou inflamação aguda.
- Perda de apetite
- A dor recorrente ao comer pode fazer a pessoa evitar refeições, o que gera perda de peso e fraqueza.
6. Como é feito o diagnóstico da dor de estômago?
Identificar corretamente a causa da dor de estômago é o primeiro passo para um tratamento eficaz. O diagnóstico começa com uma boa conversa com o médico, passa pelo exame físico, e em muitos casos é necessário fazer alguns exames complementares para confirmar a origem do problema.
🩺 1. Avaliação clínica (consulta médica)
O primeiro e mais importante passo é ouvir o paciente. Na consulta, o médico faz perguntas detalhadas como:
- Onde é exatamente a dor?
- A dor aparece em jejum ou após as refeições?
- A dor melhora ou piora com algum alimento?
- Há presença de sintomas como náuseas, vômitos, perda de peso, sangue nas fezes?
- Existe algum fator emocional envolvido (estresse, ansiedade)?
- Há uso frequente de medicamentos, como anti-inflamatórios?
Além disso, o exame físico ajuda a identificar pontos de dor no abdômen, alterações na sensibilidade e presença de distensão ou desconforto.
🧪 2. Exames laboratoriais
Alguns exames de sangue e fezes podem ser solicitados para investigar causas inflamatórias, infecciosas ou até mesmo sinais de anemia.
Principais exames:
- Hemograma completo – identifica anemia ou sinais de infecção
- Exame de sangue oculto nas fezes – detecta sangramentos digestivos ocultos
- Teste para Helicobacter pylori – pode ser feito no sangue, nas fezes ou por meio do teste do hálito

📷 3. Endoscopia digestiva alta
É o principal exame para avaliar a mucosa do esôfago, estômago e duodeno.
A endoscopia permite:
- Identificar lesões como gastrite, úlceras ou refluxo
- Fazer biópsias (quando necessário)
- Diagnosticar a presença do H. pylori
- Excluir doenças mais graves, como câncer gástrico
Como é feita?
É um exame rápido, feito com sedação leve. Um tubo fino com uma câmera na ponta é introduzido pela boca para visualizar o trato digestivo superior. Não dói e o paciente costuma ir pra casa no mesmo dia.

🧪 Outros exames, quando necessário:
- Ultrassonografia abdominal – avalia fígado, vesícula e pâncreas
- Tomografia ou ressonância abdominal – usada em casos mais complexos
- Phmetria e manometria esofágica – indicadas para investigação de refluxo mais avançado
- Exames hormonais ou imunológicos – se houver suspeita de causas mais raras
7. Tratamentos para dor de estômago
O tratamento da dor de estômago depende diretamente da causa do problema. Em alguns casos, pequenas mudanças nos hábitos de vida já são suficientes. Em outros, é necessário o uso de medicamentos específicos ou até procedimentos mais complexos.
O mais importante é não se automedicar, pois isso pode mascarar sintomas e até piorar o quadro. Vamos ver as principais formas de tratar a dor de estômago:
💊 1. Medicamentos mais usados
- Inibidores de bomba de prótons (IBP)
Reduzem a produção de ácido no estômago. Usados em casos de gastrite, refluxo e úlceras. - Antiácidos
Neutralizam o ácido gástrico, promovendo alívio rápido. - Bloqueadores H2
Também reduzem a acidez. - Procinéticos
Ajudam na motilidade gástrica e combatem a náusea. - Antibióticos
Quando há infecção por H. pylori, é necessário usar antibióticos em conjunto com IBPs por 7 a 14 dias. - Protetores gástricos associados a anti-inflamatórios
Para quem precisa usar esse tipo de remédio com frequência.
🥗 2. Mudanças na alimentação
Um dos pilares do tratamento, especialmente nos casos de gastrite, refluxo e dispepsia.
Recomendações importantes:
- Comer devagar e mastigar bem os alimentos
- Evitar frituras, alimentos gordurosos, café, refrigerantes e álcool
- Reduzir o consumo de alimentos ácidos (como tomate, laranja, limão)
- Não ficar muitas horas em jejum
- Evitar refeições muito grandes à noite
- Preferir alimentos cozidos, grelhados, frutas não ácidas e legumes
🧘 3. Controle do estresse
Em muitos casos, o estômago sofre as consequências de uma mente agitada. A chamada gastrite nervosa é um exemplo clássico.
Medidas que ajudam:
- Terapias e acompanhamento psicológico
- Meditação e técnicas de respiração
- Atividade física regular
- Dormir bem e manter uma rotina equilibrada
🧪 4. Tratamentos específicos conforme a causa
- Refluxo grave: pode exigir cirurgia antirrefluxo em casos avançados
- Úlcera perfurada ou com sangramento: pode precisar de internação ou procedimento cirúrgico/endoscópico
- Câncer de estômago: exige tratamento oncológico (cirurgia, quimioterapia)
- Problemas na vesícula ou pâncreas: podem exigir cirurgia ou acompanhamento com especialista
8. O que evitar quando está com dor de estômago?
Quando o estômago está sensível, alguns alimentos, bebidas e hábitos podem agravar os sintomas ou dificultar a recuperação. Saber o que evitar faz parte do tratamento e da prevenção de crises futuras.
Abaixo, listo os principais vilões para quem está com dor de estômago:
🚫 Alimentos e bebidas que devem ser evitados:

- Frituras e alimentos gordurosos
- Exemplos: coxinha, pastel, batata frita, carnes com muita gordura
- Aumentam o tempo de digestão e irritam a mucosa do estômago.
- Alimentos ácidos
- Como limão, laranja, abacaxi, tomate e molhos vermelhos
- Podem aumentar a acidez e piorar a dor ou a queimação.
- Café e bebidas com cafeína
- Irritam a parede do estômago e aumentam a produção de ácido.
- Refrigerantes e bebidas gaseificadas
- Aumentam a distensão abdominal e causam arrotos e refluxo.
- Álcool
- Altamente irritante para o estômago, especialmente em jejum.
- Pimenta e temperos muito fortes
- Estimulam o estômago de forma excessiva, podendo causar dor e queimação.
- Chocolate
- Relaxa a válvula que separa o estômago do esôfago, favorecendo o refluxo.
⚠️ Hábitos que devem ser evitados:
- Deitar logo após comer
- Aumenta o risco de refluxo. Espere pelo menos 2 horas antes de se deitar.
- Comer em excesso ou muito rápido
- Estressa o sistema digestivo e pode causar estufamento, dor e náusea.
- Ficar longos períodos em jejum
- Estimula a produção de ácido no estômago e favorece gastrite e úlcera.
- Uso indiscriminado de medicamentos
- Anti-inflamatórios, analgésicos e até alguns antibióticos podem agredir a mucosa gástrica.
- Automedicação com antiácidos ou omeprazol
- Pode aliviar temporariamente, mas esconder doenças mais graves.
- Remédios caseiros que devem ser evitados:

- Bicarbonato de sódio: apesar de aliviar temporariamente, pode causar efeito rebote e piorar a acidez.
- Leite puro: usado por muito tempo para “aliviar a acidez”, mas o efeito é temporário e depois aumenta ainda mais a produção de ácido.
- Automedicação com chás desconhecidos: algumas plantas podem ser tóxicas ou interagir com medicamentos.
📌 Importante lembrar:
- Se os sintomas forem leves e esporádicos, um chá pode ser útil como apoio.
- Se a dor for frequente, intensa ou acompanhada de outros sintomas (como vômitos, sangue nas fezes, emagrecimento), é essencial procurar um gastroenterologista.
- Remédios caseiros não tratam úlceras, gastrite infecciosa nem refluxo avançado.
Dicas práticas para prevenir dor de estômago
Prevenir é sempre melhor do que remediar. Muitas das causas da dor de estômago estão ligadas a hábitos diários — alimentação, rotina, sono, estresse, entre outros.
Com algumas mudanças simples, é possível reduzir (ou até eliminar) as crises de dor e melhorar a saúde digestiva como um todo.
✅ Hábitos alimentares que ajudam:
- Coma devagar e mastigue bem os alimentos
- Isso facilita a digestão e evita o acúmulo de gases.
- Evite exageros nas refeições
- Prefira comer porções menores em intervalos regulares.
- Não pule refeições
- O estômago vazio por muito tempo estimula a produção de ácido.
- Mantenha horários regulares para se alimentar
- Ter uma rotina ajuda o organismo a funcionar melhor.
- Evite comer tarde da noite
- Especialmente alimentos pesados ou muito gordurosos.
- Inclua fibras na alimentação
- Frutas, verduras e cereais integrais ajudam o intestino a funcionar bem.

🚶 Mudanças no estilo de vida:
- Evite deitar logo após as refeições
- Espere pelo menos 2 horas antes de deitar para evitar refluxo.
- Pratique atividade física regularmente
- Caminhadas leves após o almoço ou jantar ajudam na digestão.
- Durma bem
- O sono reparador regula a digestão e reduz o estresse.
- Evite o cigarro e o álcool
- Ambos irritam a mucosa gástrica e pioram a dor.
- Controle o estresse e a ansiedade
- Técnicas de respiração, meditação, yoga ou psicoterapia podem ajudar muito quem sofre de “estômago nervoso”.
💧 Hidratação também é importante:
- Beba bastante água ao longo do dia, preferencialmente fora das refeições.
- Evite exagerar em sucos ácidos, refrigerantes e bebidas com cafeína.
Como um gastroenterologista pode ajudar você?

Se você sofre com dor de estômago frequente, está cansado de tomar remédios por conta própria ou já tentou de tudo sem sucesso, o melhor caminho é procurar um gastroenterologista.
Esse é o médico especialista em doenças do aparelho digestivo, incluindo:
- Estômago
- Esôfago
- Intestino
- Fígado
- Pâncreas
- Vesícula biliar
👨⚕️ O que acontece durante a consulta?
- Avaliação completa dos sintomas
- O médico fará perguntas detalhadas sobre seu histórico, hábitos alimentares, rotina, estresse e medicamentos.
- Exame físico direcionado
- Para avaliar a localização da dor e outros sinais clínicos.
- Solicitação de exames complementares
- Como endoscopia, exames laboratoriais, ultrassonografia, entre outros, conforme o caso.
- Diagnóstico preciso e individualizado
- Cada paciente é único. O gastro procura entender a real causa da dor, e não apenas tratar o sintoma.
- Plano de tratamento personalizado
- Pode incluir medicamentos, orientações alimentares, mudança de hábitos, acompanhamento psicológico e, em alguns casos, procedimentos ou cirurgias.
🩺 Benefícios de se consultar com um especialista:
- Reduz o risco de automedicação e complicações
- Garante diagnóstico precoce de doenças mais graves
- Oferece soluções que vão além do alívio imediato
- Traz mais tranquilidade e segurança para o paciente
📌 Exemplo real do consultório:
“Recebo muitos pacientes que chegaram ao consultório após anos tomando omeprazol todos os dias sem melhora significativa. Quando investigamos com endoscopia, descobrimos úlcera por H. pylori ou até refluxo grave com lesões no esôfago. Com o tratamento certo, a melhora vem de forma rápida e duradoura.”
Conclusão: cuide do seu estômago e tenha mais qualidade de vida
A dor de estômago é um sintoma muito comum, mas que nunca deve ser ignorado — especialmente quando se torna frequente, intensa ou vem acompanhada de outros sinais, como náuseas, queimação, perda de peso ou sangramentos.
Ao longo deste artigo, vimos que as causas podem variar bastante: desde má alimentação e estresse até problemas mais sérios, como úlceras e infecções por H. pylori. Também aprendemos a identificar os sintomas, saber quando a dor pode ser grave e como o tratamento deve ser feito de forma individualizada, com base em um bom diagnóstico.
O mais importante é lembrar que você não precisa conviver com dor. Existem formas eficazes de tratar e prevenir esses problemas. Mudanças simples nos hábitos, uma alimentação mais equilibrada, controle do estresse e acompanhamento médico com um especialista podem transformar sua saúde digestiva.
Se você sente dor de estômago com frequência ou já tentou várias soluções sem sucesso, não adie mais o cuidado com a sua saúde. Conte comigo para investigar a causa, orientar o melhor tratamento e ajudar você a recuperar sua qualidade de vida.
Seu estômago agradece — e sua vida também.mais sérios no futuro.
FAQ
Quais são as principais causas da dor de estômago?
As principais causas incluem má digestão, refluxo gastroesofágico, gastrite e úlcera gástrica. Cada uma pode causar desconforto abdominal diferente.
Como posso saber se a dor de estômago é grave?
Sinais de alerta incluem dor intensa e súbita, febres altas, vômito com sangue e dificuldade para respirar. Se você experimentar esses sintomas, procure um médico imediatamente.
Quais medicamentos são comumente utilizados para tratar a dor de estômago?
Os medicamentos comuns incluem antiácidos e outros específicos, como Buscopan. Eles podem ajudar no alívio de cólicas e outros sintomas.
Há remédios naturais eficazes para aliviar a dor de estômago?
Sim, remédios naturais como chás de gengibre e camomila são eficazes. Eles têm propriedades calmantes que podem acalmar o estômago.
Qual é a importância de uma alimentação saudável para a dor de estômago?
Uma dieta equilibrada é essencial. Evite alimentos gordurosos, frituras e condimentados que podem piorar a dor. Prefira alimentos leves e faça refeições menores.
Como posso fazer massagem abdominal para aliviar a dor?
Deite-se de costas e faça movimentos circulares leves na região abdominal. Faça-os da direita para a esquerda. Isso ajuda a relaxar a musculatura e pode aliviar a dor.
Quais práticas podem ajudar na prevenção da dor de estômago?
Manter uma dieta saudável e evitar refeições excessivas são essenciais. Não fume, controle o estresse, beba bastante água e faça exercícios físicos regularmente. Essas práticas são fundamentais para a saúde digestiva.
Saiba mais:
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Gastrite: Biblioteca Virtual da Saúde – Ministério da Saúde.